terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Feira Empreendedora Solidaria

No dia 5 de dezembro de 2014 foi realizada a primeira feira empreendedora solidaria da Escola Estadual de Mata Verde. Durante duas semanas os alunos fizeram o cambio, trocaram alimentos -cada kg de alimento tinha um valor em B$- por um ticket que no dia da feira foi convertido em Bilas (B$), um dinheiro fictício que dava direito a comprar os produtos que estavam sendo comercializados nas barracas.
Eram 9 barracas com produtos e serviços feitos pelos próprios alunos do REM (turmas: 1º ano 1, 1º ano 2 e 1º ano 5). Os alunos contaram com ajuda e orientação da Professora Poliana e de outros professores que auxiliaram no arrecadamento dos alimentos e na troca dos tickets.
Os vários quilos de alimentos recolhidos foram armazenados em uma sala e depois foram montadas cestas básicas que foram doadas para famílias carentes da região, incluindo Mata Verde e Vila Bahia. Além de uma caixa que continha uma média de 20 kg de arroz e feijão que foi doada para o centro de recuperação.

Alunos organizando cestas básicas



Professora Poliana orientando os alunos do 1º ano 5


Uma parte dos alimentos arrecadados

Cestas básicas prontas

Entrega das cestas para alunos carentes da escola





Entrega feita na zona rural pelo aluno Alisson

Caixa de alimentos com mais de 20 kg que foi doada para o centro de recuperação 

Aluna Layla Cristina entregando uma das cestas

Agradecemos o empenho de todos os alunos, professores e funcionários da escola que nos ajudaram de qualquer forma e tornaram nossa feira empreendedora solidária um grande sucesso, onde pudemos ajudar mais de 50 famílias.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

6 dicas para faturar com o comércio eletrônico

Parece um clichê dizer que para faturar mais uma empresa deve investir no comércio eletrônico. Então deixemos que alguns números reforcem essa constatação: em 2013, o e-commerce no Brasil cresceu 28% e movimentou uma cifra de R$ 28,8 bilhões. Mais: 9,1 milhões de pessoas fizeram compras online pela primeira vez no ano passado, elevando para 51,3 milhões o número de consumidores que usaram a web para comprar algo pelo menos uma vez.
Mas nem sempre é fácil arquitetar uma estratégia de comércio eletrônico. Ainda mais para os empreendedores de pequenos e médios negócios.
Para ajudar nessa questão, o site de Pequenas Empresas & Grandes Negócios conversou com Gerson Ribeiro, professor de marketing digital na ESPM e fundador da Vitrio, empresa de inteligência e desempenho em e-commerce, para saber como criar uma loja virtual eficiente. Leia, abaixo, as dicas:
1. Use métricas em tudo
“Hoje em dia é possível medir e contabilizar tudo”, afirma Ribeiro. Sua empresa precisa estabelecer diferentes métricas e metas para diferentes aspectos do seu site. Com isso, o empreendedor poderá saber exatamente o que está acontecendo e fazer mudanças durante o caminho. São esses dados que ajudarão na conversão do visitante – aquele possível cliente que entra no seu portal, mas nem sempre finaliza uma compra.
2. Entenda as necessidades do seu cliente
Ao estruturar um e-commerce, o empreendedor precisa pensar como um possível consumidor para arquitetar melhor toda a estrutura do portal. Faça testes de usabilidade e não tenha medo de trocar elementos de lugar se perceber que o seu possível cliente vai se perder ou se cansar. Comprar precisa ser algo fácil, tão fácil quanto entrar em uma loja física, olhar para um produto e já sair de lá com ele.

3. Saiba quanto investir
Estude os custos e saiba o que cada elemento da construção do site exigirá investimento. Considere, neste processo, a estratégia de marketing e a divulgação. Além disso, estude o que cada um deles trará de retorno. Faça um planejamento financeiro estratégico e cuidadoso.

4. Atenda bem o seu cliente
Um bom atendimento e a compreensão das necessidades dos clientes aumentam a taxa de novas compras. Você precisa ter uma estratégia pós-compra para manter seu consumidor interessado em retornar. Uma delas é o e-mail marketing. Lembre-se, porém, de fazer um atendimento personalizado. Esse tipo de relacionamento ajuda a gastar menos com divulgação, já que há grandes chances dos seus clientes se tornarem advogados de sua marca.

5. Crie um site amigável
Pense que seu portal poderá ser acessado de diferentes dispositivos e navegadores. Construa uma loja virtual que seja acessível em todos deles – ou nos principais deles, caso a grana esteja curta. Atualmente, a difusão dos dispositivos móveis demanda um site que possa ser utilizado por meio de smartphones e tablets.

6. Não deixe de se capacitar
O comércio eletrônico ainda é um mercado novo e cheio de possibilidades – tanto de erros quanto de acertos. Não deixe que as informações dessa lista sejam o suficiente. Sempre corra atrás de cursos e nunca deixe de se atualizar sobre as principais tendências.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2014/05/6-dicas-para-faturar-com-o-comercio-eletronico.html

Blogueira brasileira de 18 anos vira empresária nos Estados Unidos

Desde 2010 vivendo no estado americano da Flórida, Nina Negre, hoje com 18 anos, mantém um blog sobre sua experiência no exterior desde 2011. O Hey Florida nasceu para a jovem mostrar à sua família e aos amigos que haviam ficado no Brasil o que ela estava vivendo e conhecendo nos Estados Unidos. “Era uma forma de manter contato e matar um pouco a saudade de ambos os lados”, diz.
Nina Negre tem 18 anos (Foto: Divulgação)
Agora, o blog – que tem mais de 15 mil curtidas no Facebook e uma média mensal que varia de 10 mil a 15 mil visualizações - evoluiu e virou negócio. Nina e sua mãe, Rose Negre, abriram a agência de turismo receptivo Hey Florida Travel, que oferece suporte aos turistas brasileiros que desembarcam nos aeroportos internacionais de Miami e Fort Lauderdale.
A ideia de criar a agência veio após Nina receber, através do blog, muitas dúvidas e solicitações de brasileiros que queriam ir para os Estados Unidos. “Percebi que poderíamos oferecer um serviço profissional e flexível para auxiliar quem está chegando à Flórida a lazer, estudo ou trabalho”, diz a jovem.
Entre os serviços oferecidos pela Hey Florida Travel estão o acompanhamento e assessoria em compras, transporte para hotéis e residências, passeios turísticos com roteiros personalizados, auxílio a intercambistas em fase inicial de adaptação e até acompanhamento e orientações na hora de alugar um veículo ou habilitar um celular. A agência também oferece um endereço postal americano para o turista que ainda está no Brasil e já quer fazer algumas compras online antes mesmo de chegar aos Estados Unidos.
A meta da agência é atender 1.200 clientes em um ano e recepcionar, a partir de julho de 2015, turistas que viajam a Orlando, também na Flórida.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/Mulheres-empreendedoras/noticia/2014/11/blogueira-brasileira-de-18-anos-vira-empresaria-nos-estados-unidos.html

10 dicas de grandes empreendedores para você aplicar hoje

Todo grande empreendedor tem pequenos truques que utiliza no dia-a-dia e que contribuem para o seu sucesso. Certa vez, conversando com um dos maiores nomes da construção civil do Brasil, ele me disse que sempre negociava com os fornecedores no horário do almoço. Mas antes comia um lanche. Uma ou duas horas depois do início da reunião, o fornecedor estava verde de fome - e, por isso, mais flexível. Talvez, se você utilizar essa estratégia, consiga economizar centenas ou milhares de reais. Separei aqui outras dicas simples para aplicar na sua empresa.
1. Tenha três grandes objetivos Um dos maiores problemas dos donos de negócios é investir seu precioso tempo em questões que não são prioritárias. “Algo que você não pode se permitir é perder o foco. Empreendedores costumam ter uma espécie de distúrbio de déficit de atenção”, diz Marc Benioff, co-fundador da Salesforce.com. Nesta linha, Michael Lazerow, da Buddy Media, pergunta: “Quais são os três coisas que precisam acontecer nos próximos 6 ou 10 meses para aumentar as chances de sua empresa atingir o sucesso no longo prazo?”. Se você não sabe responder essa questão, nenhuma dica deste texto vai ajudá-lo a atingir seus objetivos.
2. Faça reuniões operacionais de pé Michael Bloomberg não é apenas o prefeito de Nova York: ele fundou a Bloomberg News, uma das maiores provedoras de informações financeiras do mundo, que faturou US$ 8 bilhões em 2012. Em uma reunião, ele ficou particularmente irritado com os funcionários que liam os relatórios dos seus respectivos departamentos. Na semana seguinte, todas as cadeiras da sala foram retiradas. “É incrível o quanto uma reunião em pé é mais rápida e mais focada”, disse Bloomberg.
3. Realize reuniões pessoais enquanto caminha Steve Jobs, co-fundador da Apple, fazia todas suas reuniões importantes durante longas caminhadas. Mark Zuckerberg, do Facebook, e Jack Dorsey, do Twitter, também adotam a prática. Essa iniciativa aumenta o sigilo das conversas, além de aumentar o nível de oxigênio no organismo, melhorando a memória e conectividade entre os circuitos cerebrais. Também incentiva o uso dos dois lados do cérebro, unindo capacidade analítica e criatividade. Por fim, caminhar em um dia agradável melhora o humor e o condicionamento físico. Com tantas vantagens assim, os resultados só tendem a melhorar. “O que mais gosto de fazer para relaxar é caminhar. Se estou com algum amigo, sempre temos nossas melhores conversas enquanto caminhamos”, diz Dorsey.
4. Gerencie andando por aí Muitos empreendedores utilizam o MBWA (management by walking around), termo difundido por Bill Hewlett e Dave Packard, co-fundadores da HP. Significa basicamente sair da cadeira e andar pela empresa, interagindo com colaboradores, fornecedores e clientes. “Nessas andanças, aprendi que qualidade requer minutos de atenção para cada detalhe, que todos os colaboradores querem fazer um bom trabalho, que manuais escritos raramente estão adequados e que o envolvimento pessoal é essencial”, diz Packard. Sam Walton, fundador do Walmart, acordava de madrugada para ir tomar café com os motoristas dos caminhões da empresa. Não só fazia novos amigos, mas também sabia quais produtos vendiam mais, quais lojas estavam com problemas e quais ideias poderiam ser implementadas para melhorar a oferta de produtos nas gôndolas.
5. Trave a quarta-feira A prática começou no Facebook: deixar as quartas-feiras livres de reuniões ou compromissos, para que o dono do negócio se dedique totalmente ao que deve ser feito. Mais tarde, outros empreendedores do Vale do Silício seguiram a empresa de Mark Zuckerberg. Quando deixou o Facebook para fundar a Asana, uma badalada startup que vende soluções de produtividade, Dustin Moskovitz levou com ele a prática. Pendências da segunda e terça? Resolva na quarta! Algo que deve ser entregue ou feito na quinta ou sexta-feira? Adiante na quarta-feira! “O maior objetivo de deixar as quartas sem reuniões é garantir que todos tenham uma boa reserva de tempo a cada semana para se concentrar no trabalho”, diz o memorando interno da Asana.
6. Coloque sua empresa para atender o cliente Tony Hsieh não é só famoso nos Estados Unidos por ter co-fundado a Zappos, um site de comércio eletrônico de calçados vendido à Amazon por quase US$ 1 bilhão. É conhecido também por transformar sua companhia em uma das melhores empresas para se trabalhar no país. Diversas práticas explicam esses sucesso, mas a principal é que todos os colaboradores precisam, a cada dez semanas, deixar suas funções por um momento para atender clientes. O funcionário só volta para a sua função original no momento em que oferecer um nível de serviço tão bom que o cliente diga: “Uau!”. “O serviço sempre foi importante na Zappos, mas fazer do cliente o foco da nossa marca foi um movimento audacioso”, diz Hsieh.
7. Tire 3 dias de férias a cada 3 meses “Não se pode ver a floresta a partir das árvores”, diz um ditado repetido em várias línguas. Da mesma maneira, um empreendedor não consegue ver seu negócio quando está imerso na empresa. Jeff Bezzos, fundador da Amazon achou uma solução para essa armadilha: “No final de cada trimestre, costumo sair de férias por alguns dias. Com um pouco de isolamento, começo a ficar mais criativo.”
8. Carregue um bloco de notas É algo simples e até pré-histórico (na era da internet móvel), mas muitos empreendedores ainda utilizam blocos de notas. “Quando anoto alguma coisa que me disseram, vou em frente e trabalho na sua implementação no dia seguinte”, diz Richard Branson, empreendedor da Virgin Group.
9. Tire fotos Muitas ideias não podem ser escritas. Por essa razão, empreendedores como Walt Disney e Sam Walton costumavam andar com uma câmera fotográfica na mão (antes da era dos smartphones). Gostou de algum conceito que pode ser aplicado na sua empresa? Tire fotos! Foi o que fez Sam Walton quando visitou o Brasil na década de 1980: ele ficou encantado com o conceito de hipermercado que viu nas lojas do Carrefour. Fotografou tudo o que pode e criou sua versão de super loja nos Estados Unidos.
10. Viva experiências malucas (de vez em quando) Você não conseguirá inovar com velhas ideias. Assim, inclua experiências malucas na sua agenda, mesmo que não tenham nenhuma relação com o seu negócio. Richard Branson é referência nisso – já fez maluquices como se vestir como aeromoça a dar a volta na Terra em um balão. Outro exemplo interessante é dado pelo co-fundador e atual CEO do Google, Larry Page. Todos os anos ele vai ao festival Burning Man, que reúne artistas, inovadores e doidos varridos no deserto de Nevada, Estados Unidos. “Não gostamos que o mundo mude rapidamente. Mas talvez possamos separar um pedaço do mundo... Eu gosto de ir ao Burning Man, por exemplo. É um ambiente em que as pessoas podem tentar novas coisas”. Na verdade, é um pouco mais do que isso. Tire suas próprias em conclusões em www.burningman.com.
Por fim, o conselho mais importante: copie e implemente as dicas que funcionam para o seu negócio, mas crie também suas próprias sugestões sobre como empreender mais e melhor.
Fonte: http://revistapegn.globo.com/Colunistas/Marcelo-Nakagawa/noticia/2013/09/10-dicas-de-grandes-empreendedores-para-voce-aplicar-hoje.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Salário minimo desde 1994 (implantação do Plano Real)


Vigência a partir de
Moeda
Valor
Janeiro de 2014
R$
724,00
Janeiro de 2013
R$
678,00
Janeiro de 2012
R$
622,00
Março de 2011
R$
545,00
Janeiro de 2011
R$
540,00
Janeiro de 2010
R$
510,00
Fevereiro de 2009
R$
465,00
Março de 2008
R$
415,00
Abril de 2007
R$
380,00
Abril de 2006
R$
350,00
Maio de 2005
R$
300,00
Maio de 2004
R$
260,00
Abril de 2003
R$
240,00
Abril de 2002
R$
200,00
Abril de 2001
R$
180,00
Abril de 2000
R$
151,00
Maio de 1999
R$
136,00
Maio de 1998
R$
130,00
Maio de 1997
R$
120,00
Maio de 1996
R$
112,00
Maio de 1995
R$
100,00
Setembro de 1994
R$
70,00
Julho de 1994
R$
64,79

Fonte: http://www.gazetadeitauna.com.br/valores_do_salario_minimo_desde_.htm

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Plano Real

Plano Real foi o programa brasileiro de estabilização econômica que promoveu o fim da inflação elevada no Brasil, situação que já durava aproximadamente trinta anos. Até então, os pacotes econômicos eram marcados por medidas como congelamento de preços.
O Plano passou por três fases: O Programa de Ação Imediata, a criação da URV (Unidade Real de Valor) e a implementação da nova moeda, o Real.
O PAI – Programa de Ação Imediata - foi um conjunto de medidas econômicas elaborado em julho de 1993, que “preparou a casa” para o lançamento do Plano Real um ano depois. Nessa época, o presidente era Itamar Franco, sendo que Fernando Henrique Cardoso já era o Ministro da Fazenda.

O Programa de Ação Imediata apontou as seguintes necessidades:
- Corte de gastos públicos – de aproximadamente 6 bilhões de dólares no orçamento de 1993, em todos os ministérios.
- Recuperação da Receita – através do combate a evasão fiscal, inclusive das grandes empresas.
- Austeridade no relacionamento com Estados e Municípios – através do corte de repasses inconstitucionais, forçando Estados e Municípios a equilibrarem seus gastos através de cortes.
- Ajustes nos Bancos Estaduais – em alguns casos, através da intervenção do Banco Central, buscando cortes de gastos e punindo irregularidades com a Lei do Colarinho Branco.
- Redefinição das funções dos Bancos Federais – buscando o enxugamento da estrutura, evitar a concorrência recíproca e predatória, e punir irregularidades através da Lei do Colarinho Branco.
Privatizações - De empresas dos setores siderúrgicos, petroquímico e de fertilizantes, por entender que as empresas públicas estarem reféns de interesses corporativos, políticos e econômicos.
A segunda etapa do Plano, a criação da URV ocorreu em 27 de maio de 1994, inicialmente convertendo os salários e os benefícios previdenciários, promovendo a neutralidade distributiva.
No dia 30 de junho de 1994, foi editada a Medida Provisória que implementou a nova moeda, o Real. Essa era a terceira fase do plano.

Todo o programa tinha como base as políticas cambial e monetária. A política monetária foi utilizada como instrumento de controle dos meios de pagamentos (saldo da balança comercial, de capital e de serviços), enquanto a política cambial regulou as relações comerciais do país com os demais países do mundo.

Foi estabelecida a paridade nos valores de reais e dólares, defendida através da política de intervenção, na qual o governo promoveu a venda de dólares e o aumento das taxas de juros nos momentos de pressão econômica.

O capital especulativo internacional foi atraído pelas altas taxas de juros, o que aumentou as reservas cambiais, mas causou certa dependência da política cambial a esses investimentos não confiáveis em caso de oscilações econômicas.

As políticas econômicas neoliberais originadas no governo Collor foram reforçadas, através de políticas públicas como: a privatização de empresas estatais, a abertura do mercado, da livre negociação salarial e da liberação de capital, entre outras. Tais medidas alteraram o padrão de acumulação de capital do Brasil.
O Plano Real possibilitou a vitória de Fernando Henrique Cardoso nas eleições para a Presidência em 1994, sendo reeleito nas eleições seguintes.
Após algumas crises internacionais, as políticas econômicas foram revistas e modificadas, mas a estabilidade da moeda permaneceu, comparando com as décadas em que a realidade era a hiperinflação.

Fonte: http://www.infoescola.com/economia/plano-real/

A história do Banco Central do Brasil

Construção do Edifício-Sede do Banco Central
O Banco Central teve um longo processo de maturação até a sua criação. Desde antes do início do século XX, já se tinha a consciência, no Brasil, da necessidade de se criar um “banco dos bancos” com poderes de emitir papel-moeda com exclusividade, além de exercer o papel de banqueiro do Estado.

A necessidade de se encontrar uma instituição financeira que organizasse o sistema monetário do Brasil pode ser observada desde 1694, com a criação da Casa da Moeda. Em 1808, quando o príncipe regente de Portugal, D. João, desembarcou no Brasil colônia, já se tinha a ideia de se criar um banco com funções de banco central e banco comercial. A criação do Banco do Brasil no mesmo ano buscava suprir essa necessidade.

O Banco do Brasil foi organizado com funções de banco central misto, onde exercia o papel de banco de depósitos, desconto e emissão. Além disso, era encarregado da venda de produtos privativos da administração e contratos reais. Esse duplo papel exercido pelo Banco do Brasil é colocado como um dos fatores que explica a longa demora até a criação de um banco central propriamente dito no país. 

Os anos mostraram ao Brasil que era necessário possuir um sistema capaz de acompanhar as evoluções econômicas que se observavam no mundo.

Entretanto, até 1945, não existia nenhuma organização institucional para o controle da oferta de moeda, sendo todas as funções de autoridade monetária exercidas pelo Banco do Brasil. Naquele ano, o governo do presidente Getúlio Vargas cria, em 2 de fevereiro, por meio do Decreto nº 7.293, a Superintendência da Moeda e do Crédito (Sumoc), que recebeu as funções imediatas de exercer o controle sobre o conturbado mercado financeiro e de combater a inflação que ameaçava o país, bem como preparar o cenário para a criação de um banco central. 

A Sumoc tinha a responsabilidade de fixar os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem como os juros sobre depósitos bancários. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais, orientava a política cambial e representava o País junto a organismos internacionais.

O Banco do Brasil desempenhava as funções de banco do governo, mediante o controle das operações de comércio exterior, o recebimento dos depósitos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais e a execução de operações de câmbio em nome de empresas públicas e do Tesouro Nacional, de acordo com as normas estabelecidas pela Sumoc e pelo Banco de Crédito Agrícola, Comercial e Industrial.

O Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel-moeda.

Em dezembro de 1964, a Lei nº 4.595 cria o Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O Banco Central iniciou suas atividades em março de 1965, uma vez que o art. 65 da Lei nº 4.595 estabeleceu que a Lei entraria em vigor 90 dias após sua publicação.

Após a criação do Banco Central buscou-se dotar a instituição de mecanismos voltados para o desempenho do papel de "banco dos bancos". Em 1985 foi promovido o reordenamento financeiro governamental com a separação das contas e das funções do Banco Central, Banco do Brasil e Tesouro Nacional. Em 1986 foi extinta a conta movimento e o fornecimento de recursos do Banco Central ao Banco do Brasil passou a ser claramente identificado nos orçamentos das duas instituições, eliminando-se os suprimentos automáticos.

O processo de reordenamento financeiro governamental se estendeu até 1988, quando as funções de autoridade monetária foram transferidas progressivamente do Banco do Brasil para o Banco Central, enquanto as atividades atípicas exercidas por esse último, como as relacionadas ao fomento e à administração da dívida pública federal, foram transferidas para o Tesouro Nacional.

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu dispositivos importantes para a atuação do Banco Central, dentre os quais destacam-se o exercício exclusivo da competência da União para emitir moeda e a exigência de aprovação prévia pelo Senado Federal, em votação secreta, após arguição pública, dos nomes indicados pelo Presidente da República para os cargos de presidente e diretores da instituição. Além disso, vedou ao Banco Central a concessão direta ou indireta de empréstimos ao Tesouro Nacional.

A Constituição de 1988 prevê ainda, em seu artigo 192, a elaboração de Lei Complementar do Sistema Financeiro Nacional, que deverá substituir a Lei nº 4.595/64 e redefinir as atribuições e estrutura do Banco Central do Brasil.
 edifício da Caixa de Amortização, 1906, arquivo da Biblioteca Nacional

Primeiros anos no Rio de Janeiro

Embora o edifício da Caixa de Amortização tenha sido cedido para ser a futura sede , após a criação do Banco Central seus serviços localizavam-se em prédios distintos na cidade do Rio de Janeiro. Os gabinetes do Presidente e Diretores funcionaram no Edifício Leonardo Truda, em salas cedidas pelo Banco do Brasil. Os demais setores encontravam-se em mais de uma dezena de endereços. 

Havia, na época, intenção de desapropriar os imóveis circunvizinhos à Caixa de Amortização, de modo a compor o conjunto da sede do Banco Central no Rio de Janeiro. Contudo, a promulgação da Constituição de 1967 mudou o rumo da história da autarquia. O projeto foi abandonado e as desapropriações, que estavam em andamento, foram interrompidas pela publicação do Decreto nº 60.871, de 19 de junho de 1967, que, a propósito, afirmou categoricamente: “a sede do Banco Central do Brasil, por força de lei, é a Capital da República.”

Em Brasília

Em junho de 1967, foi criado Grupo de Trabalho para estudar a transferência da sede do Banco Central para Brasília, tendo em vista o que foi disposto nos arts. 2º e 183 da Constituição de 1967

Art 2º - O Distrito Federal é a Capital da União.
Art 183 - Dentro de cento e oitenta dias, a partir da vigência desta Constituição, o Poder Executivo enviará ao Congresso Nacional projeto de lei regulando a complementação da mudança, para a Capital da União, dos órgãos federais que ainda permaneçam no Estado da Guanabara. 

A princípio, cogitou-se construir o edifício-sede do Banco Central no Setor Bancário Norte, em lote doado pela Prefeitura de Brasília, em outubro de 1967.

Descartou-se a vinda em massa dos funcionários, com base nas orientações da Lei nº 5.363, de 30 de novembro de 1967, que falava em transferência de “núcleos centrais da Administração Federal”, e devido ao processo de descentralização pela qual passava o Banco Central. A primeira Unidade a funcionar em Brasília foi uma seção do Departamento Jurídico. Em 31 de janeiro de 1969, começa a funcionar uma subchefia do Gabinete da Presidência.

Em março de 1970, durante o Governo Medici, após expressas recomendações do Presidente da República, ficou assentado que a transferência do Banco Central se daria em duas etapas: até julho de 1970, na Capital deveriam estar funcionando a Diretoria e respectivos gabinetes; até dezembro de 1970, os demais setores do BC, exceto a Delegacia da Guanabara. A coordenação da transferência ficou a cargo do Diretor Fernando Roquette Reis.
 
A primeira reunião da Diretoria do Banco Central, em Brasília, ocorreu em setembro de 1970.

Por algum tempo, procurou-se lote com boa localização e dimensões necessárias para a construção do edifício. Embora dono do terreno no SBN, o Banco Central comprou um lote no Setor Bancário Sul, próximo da atual sede do Banco do Brasil, onde cogitou-se a construção de um edifício de 20 pavimentos, para 970 funcionários. 

Em agosto de 1972, a Novacap apresentou proposta de permuta de lotes, o que foi aceito pelo Banco Central, ficando escolhida a Projeção 32 do Setor Bancário Sul como localização do futuro edifício-sede. Em novembro de 1973 foi firmado Convênio entre o BC e a Novacap para seleção de arquitetos para elaboração do projeto do edifício-sede, com premiação para os primeiros classificados, mas nenhum dos anteprojetos satisfez as necessidades e conveniências do Banco. Em agosto de 1974 foi comprado terreno do BNH, localizado no lote 33 do prolongamento do SBS, ex-SQS 201. O lote 32, que antes havia sido definido como local da futura sede, foi permutado, com o Banco do Brasil, por quadras residenciais no Plano Piloto.

Antes da construção do Edifício-Sede de Brasília, o Banco chegou a funcionar em 12 locais diferentes na capital federal, no mesmo período. Os servidores da instituição estavam distribuídos por seis prédios localizados no Setor Comercial Sul, dois no Setor Bancário Norte e em 2 andares do edifício do Banco do Brasil, onde ficava a diretoria do Banco. Os outros três ambientes de trabalho ficavam no Setor de Indústria e Abastecimento, onde funcionavam a garagem, o galpão de móveis usados e marcenaria; e um almoxarifado, que também já abrigou a gráfica do BC e hoje é utilizado para guarda dos arquivos intermediário e histórico. A maior parte dos servidores trabalhava em um dos prédios do Setor Bancário Norte, o edifício Palácio da Agricultura. No Setor Comercial Sul, o edifício Vera Cruz abrigou uma Diretoria, o Departamento de Processamento de Dados (Depro) e o primeiro Centro de Processamento de Dados (CPD), hoje Centro de Serviço de Informática (CSI).

A construção do Edifício-Sede

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O Edifício-Sede do Banco Central, inaugurado em 1981, representou, como nenhum outro, a evolução da economia brasileira nas últimas décadas, com estabilização da moeda e controle da inflação. Reconhecido em todo o país, visto de qualquer ponto da capital federal e símbolo de uma instituição respeitada nacional e internacionalmente, é também um dos mais importantes monumentos do conjunto arquitetônico de Brasília. 

O projeto arquitetônico do Edifício-Sede é de autoria do escritório Hélio Ferreira Pinto. Iniciada em 11 de agosto de 1975 e concluída em 20 de maio de 1981, a construção utilizou processos revolucionários para a engenharia brasileira da época. Foram tantos os detalhes que o Banco Central realizou três licitações: para a escavação das fundações, para a cortina atirantada e para a execução da obra do prédio.

Formato do prédio foi inspirado em moeda antiga
dobrão de ouro

O dobrão do Império, de 1725, serviu de inspiração para o projeto arquitetônico do Edifício-Sede. O arquiteto Hélio Ferreira Pinto modificou geometricamente as pontas da haste de Cruz de Cristo gravada na moeda e conferiu-lhe formas mais quadradas: daí surgiu a forma do prédio. Já a ideia das torres, que abrem espaço para os elevadores, nasceu dos quatro cantos da cruz. A logomarca do Banco foi concebida na mesma época, pelo designer carioca Aloísio Magalhães, membro da equipe. Apesar de o prédio ainda estar na maquete, a logomarca foi inspirada na vista aérea da sombra projetada pelo edifício.     

Curiosidades

  • Quatro presidentes passaram pelo BC durante os quase seis anos da construção do Edifício-Sede. Paulo H. Pereira Lira, Carlos Brandão, Ernane Galvêas e Carlos Langoni, que estava à frente da instituição à época da inauguração.
  • O Edifício-Sede foi ocupado oficialmente em setembro de 1981. Mas o presidente Carlos Langoni e os diretores passaram a trabalhar no prédio, ainda provisoriamente, cerca de um ano e meio antes.
  • O BC contratou os serviços de uma empresa norte-americana especializada em planejamento de bancos centrais. Essa companhia forneceu informações técnicas sobre segurança, manuseio de valores e comunicação.
  • A área da plataforma para baixo do prédio é maior que a da plataforma para cima. Os seis subsolos ocupam a projeção total do terreno, de cerca de 10 mil m². Os 21 andares superiores têm área construída em torno de 1,8 mil m² cada.
Fonte: http://www.bcb.gov.br/?HISTORIABC